
Se não fossem mulheres, decerto apareceriam só para parecer. Por exibição ou por umbigo não cortado, girariam as próprias células em torno do si: mesmo, idêntico, imutável.
Mas como eram elas e não eram eles, deram de aparecer em santidade quântica. Por pura aparecência se espalharam por grotas, oceanos, rios, lagos, janelas e charcos. Em silêncio. Sem alarde. Por gosto muito além da língua e do paladar.
E foram mastigadas em comunhão profana por toda ela outra que aparecia. Em princípio eterno, sem Verbo e ponto final, abraçaram o mundo em santíssima reticência.
Um comentário:
ah, obrigada Marcia!
também adorei os teus, principalmente como você fala das mulheres.
beijos!
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