Vita e Virgínia não eram comuns: eram mulheres! Assim como todas nós, elas escondiam “estranhos” poderes dentro das gavetas, nos bolsos do avental, na caixa de costura, na caixinha de jóias, na saboneteira, no pote de pó de arroz e em cada cantinho disponível à magia. Eram bruxas como todas nós. Usavam e abusavam dos feitiços e dos encantamentos, e não sentiam a menor culpa quando lançavam terríveis maldições. Quando eram boas, eram boas, mas quando eram más, eram ótimas! Exatamente como todas nós.
Vita e Virgínia não eram óbvias, eram mágicas como todas nós. Amaram, odiaram, trabalharam, suaram, sofreram, fizeram limonada de um limão, multiplicaram pães, sonharam com grandes paixões, fantasiaram romances, reclamaram da vida, exaltaram os dias nublados em que só elas avistavam o sol, cantaram na chuva, viraram lobas a defender a cria... exatamente como todas nós.
Outro dia elas me visitaram, enquanto eu coava o café. Chegaram agitadas, envoltas no tule diáfano dos fantasmas. Pediram-me para escrever um livro que pudessem decorar. Perguntei a razão e Vita, a mais faladeira, respondeu-me com uma interrogação: “Você se esqueceu que as mulheres carregam livros na memória?”.
Vita e Virgínia não eram óbvias, eram mágicas como todas nós. Amaram, odiaram, trabalharam, suaram, sofreram, fizeram limonada de um limão, multiplicaram pães, sonharam com grandes paixões, fantasiaram romances, reclamaram da vida, exaltaram os dias nublados em que só elas avistavam o sol, cantaram na chuva, viraram lobas a defender a cria... exatamente como todas nós.
Outro dia elas me visitaram, enquanto eu coava o café. Chegaram agitadas, envoltas no tule diáfano dos fantasmas. Pediram-me para escrever um livro que pudessem decorar. Perguntei a razão e Vita, a mais faladeira, respondeu-me com uma interrogação: “Você se esqueceu que as mulheres carregam livros na memória?”.
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