Quando Henry Miller me dispensou
alegando minha pouca idade
e imaturidade erótico-linguística,
não me foi surpresa ser barrada
pelo porteiro do cinema São Luiz.
"Normas", disse o homenzinho
por detrás dos botões dourados
e penduricalhos da farda.
Normas?
"Não há normas em Norma",
argumentei, agora afiada
nas artes da hermenêutica.
"Impróprio para menores"
o sujeitinho falou apontando
uma tarja no cartaz.
Não houve hermenêutica,
nem matemática,
nem física,
nem metafísica,
nem geometria,
nem o mais quântico ilusionismo,
que o convencesse
de que treze era pura abstração relativa.
Não vi Norma Bengell emergir nua das águas
na sala escura do São Luiz.
O cinema tinha nome de santo e...
deu-se o milagre.
Norma deu de emergir sem normas
das palmeiras centenárias da Rua Paissandu,
dos salões burgueses do Fluminense,
e no desandar do andar das mulheres
(outrora enfadonhas)
que me rodeavam.
Hoje, passados anos
de muita abstração relativa,
a tenho amiga,
uma amiga sem normas...
Obs: Já está saindo o DVD de O Guarani, o super filme de Norma Bengell.
alegando minha pouca idade
e imaturidade erótico-linguística,
não me foi surpresa ser barrada
pelo porteiro do cinema São Luiz.
"Normas", disse o homenzinho
por detrás dos botões dourados
e penduricalhos da farda.
Normas?
"Não há normas em Norma",
argumentei, agora afiada
nas artes da hermenêutica.
"Impróprio para menores"
o sujeitinho falou apontando
uma tarja no cartaz.
Não houve hermenêutica,
nem matemática,
nem física,
nem metafísica,
nem geometria,
nem o mais quântico ilusionismo,
que o convencesse
de que treze era pura abstração relativa.
Não vi Norma Bengell emergir nua das águas
na sala escura do São Luiz.
O cinema tinha nome de santo e...
deu-se o milagre.
Norma deu de emergir sem normas
das palmeiras centenárias da Rua Paissandu,
dos salões burgueses do Fluminense,
e no desandar do andar das mulheres
(outrora enfadonhas)
que me rodeavam.
Hoje, passados anos
de muita abstração relativa,
a tenho amiga,
uma amiga sem normas...
Obs: Já está saindo o DVD de O Guarani, o super filme de Norma Bengell.
2 comentários:
Só pra dizer o mínimo, adoro a forma como você molda as palavras.
lemgra de mim querida marcia?sou a dircinha vieira era assi que me chamavam no tempo em que a conheci quando ainda cantava nofinal dos anos 60 começo dos 70... desde entao saiba quel lemb ro sempre de voce e continuo sua fa tanto como cantora,quanto como minha bruxinha favorita. vi voce algumas vezes nas revistas da eddie van feu e bateu uma baita saudade ..ha sim sou de curitiba ainda estou por aqui.quandoaparedarr aqui em curitiba venha nos visitar sou uma wicca com muito orgulho e teremos muito o que conversar inclusive sobre musica que pena que vc deixou de cantar. meu a emil é madhy22@hotmail.com gostaria muito de reve-la. Um beijo Maria Dirce
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