Nair partiu para o outro lado sem ter conhecido as artimanhas do amor. Morreu quando ainda era uma menina, uma mocinha que adorava bailar sobre os patins. Um dia rodopiou tanto, que vazou o mundo dos vivos e foi parar lá pelas bandas do Rio Letes. Ficou amiga dos deuses e dos semideuses que escreveram sobre eles. Conheceu o amor pela voz de Apuleio. Ficou tão impressionada, que procurou Eros e Psique para "passar a limpo" a história que o autor tinha escrito sobre o romance dos dois. O casal confirmou cada palavra. Quando Eros me flechou pela primeira vez, Nair recomendou-me Apuleio.
Texto extraído de meu livro Amor se Faz na Cozinha, publicado pela Editora Bertrand
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