Doce,
amarga na euforia.
Biombo das dores
oculta os ais
e escorre a vida... feliz.
Cadê meu comprimido?
Já desceu pelo canal da garganta?
E cadê eu que não me encontro
com a minha dor?
Cadê meus ais,
e sei lás?
Onde foi parar a lágrima
que nascia, eterna,
entre a ladeira do nariz
e o túnel dos olhos?
Ah, sweet sertralina,
tão doce como os adoçantes,
artificiais...
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3 comentários:
...Márcia...
eu tenho certeza de que é música esta sua poesia delicada e sonora!
um beijo com o afeto de fã!
betina moraes
Ainda bem que vc tem blog Marcia! Pq só nos livros fica ruim de estar perto de sua energia absurdamente "personalizada".
Voltarei varias vezes e continuarei lendo várias vezes seus livros que me ajudam muito no caminho que reconheci nesta vida
Márcia,
Feliz Natal!
"ARTESANAL" (para meus pais e meus irmãos que suportam, todos os dias, a dor da distância e da ausência)
Estou triste e tudo dói
Em minh'alma. Nada achei,
Quando segui a dura lei
Do sonho. São apenas sóis
Brilhando nesse vazio,
Alguns versos de Natal.
Nesta vida artesanal,
Quase tudo é tão tardio.
Estou triste. Por que sempre
Espero romper o dia
Sem surpresa, sem presente?
Por que não me preveria,
O céu, dos três reis cadentes,
De Deus, da selvageria?
Adriano Nunes.
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