quinta-feira, 10 de setembro de 2009

No Vão das Coxas Dela

Ela dizia que doí quando despontei à beira do poço escondido no vão das suas coxas. Doí uma dor que ela nunca sentira. Dor doída, sangrada, melada, enrolada em tripa. Doí tanto que de susto os mamilos fecharam as bicas e empedraram a Via Láctea. Susto doído, gritado, esperneado, faminto, desamparado. Susto mariano, enrolado em mantas franjadas e fraldas molhadas. Susto - que me perdoem os Josés - solitário, frio por paredes frias de maternidades mais frias ainda...
Hoje, passados cinquenta e oito anos de vida aninhada em seus seios murchos, caídos, carcomidos pela terra que agora a cobre num poço escuro, sem coxas e sem vão, a dor - a dor danada - me estilhaça em Via Láctea sem leite, estrelas e vida. Doídamente descubro que aniversário só tem sentido quando as mães estão por perto...

Chet

Chet

Home Sweet Home

Home Sweet Home
Que buraco é esse que me faz comer a geladeira?

Livros & Livrarias

Livros & Livrarias
Livrarias são janelas. Livros olham o mundo.Livrarias libertam. Livros revolucionam.

Senhoras do Santíssimo Feminino

Senhoras do Santíssimo Feminino
O poder sagrado Delas.

A Pergunta de Lacan

A Pergunta de Lacan
O mistério do gozo das mulheres

Afrodite & Panelas

Afrodite & Panelas
E no princípio era a GULA...

A Casa

A Casa
O mundo olha pelas nossas janelas...

Um Lance de Dados

Um Lance de Dados
Jamais abolirá o acaso

O Caldeirão

O Caldeirão
Ele não está no final do arco-íris

Armário e Gavetas

Armário e Gavetas
O que será que eles revelam?

Minha Cozinha

Minha Cozinha
Onde tudo começou.

Meus Segredos

Meus Segredos
Laços e refogados culinários

Nossas Luas

Nossas Luas
E são treze...

Seduções & Devaneios

Seduções & Devaneios
Eu o escreveria mil vezes!

Guadalupe, a Santíssima Mestiça

Guadalupe, a Santíssima Mestiça
Como amei descrevê-la!

Amor e Cozinha

Amor e Cozinha
Foi uma delícia escrevê-lo!