Um dia, Virgínia deu de andar cismada. Sentava calada num canto da sala e de lá não saía nem se Fátima a chamasse. Folheava um velho álbum de fotografias, enquanto resmungava aflita: “Deve estar por aqui aquela senhora que toda manhã cisma em me aparecer no espelho!
Ao mirar-me hoje no espelho
Descobri que a velhice me apavora
Ao passar batom nos lábios
O carmim espalhou-se por caminhos.
Eu sei que eram traços de rugas!
Mas preferi fingi-los vias.
Procurei a lisura da pele
E os dedos encontraram cristais.
Eu sei que eram escamações da idade!
Mas preferi fingi-los jóias.
Ao mirar-me hoje no espelho
Descobri que a velhice me apavora
Ao passar batom nos lábios
O carmim espalhou-se por caminhos.
Eu sei que eram traços de rugas!
Mas preferi fingi-los vias.
Procurei a lisura da pele
E os dedos encontraram cristais.
Eu sei que eram escamações da idade!
Mas preferi fingi-los jóias.
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